Falta de espaço, provoca reabertura de sepulturas

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Não diferente dos demais cemitérios de Teresina o cemitério Santa Cruz localizado na Região do Promorar, zona sul, está tendo que enfrentar a superlotação, sendo praticamente impossível enterrar os mortos neste local, com isto, esta sendo adotada como única solução pelos administradores deste cemitério a reabertura das sepulturas, algo que parece ser constrangedor para os familiares do sepultado, mais necessário, pois conforme explicações da Sra. Francisca de Lurdes, administradora do cemitério “esta superlotação não se deve apenas pelos mortos, que são enterrados da região, mais também tem as pessoas de fora que vem fazer tratamento aqui (Teresina) e não tem condições de pagar o translado e acabam enterrando os seus parentes no Santa Cruz”, ainda completa “as famílias que na providenciarem o documento de perpetuação, podem ter as sepulturas em que estão enterrados seus parentes abertas após 5 anos para que sejam enterrados outros mortos”.

O documento de perpetuação é única forma de não ter violado a sepultura do falecido não transformando a família em proprietária, mais garantindo a posse para que ela possa enterrar,naquela sepultura apenas seus familiares, segundo o decreto 1.365 de 21 de Dezembro de 1989, a perpetuação deve ser garantida em 5 anos para adultos e 3 anos para crianças. As pessoas que desejem perpetuar a sepultura devem se dirigir aos cemitérios e preencher uma Declaração e pagar uma taxa de R$ 84,73.



Francisca de Lurdes administradora do cemitério santa cruz

Confira a entrevista

L.N – Porque estão sendo feitas as reaberturas nos cemitérios, principalmente no cemitério santa cruz?

F.L- O cemitério Santa Cruz, ele não dispõe de áreas virgens para o sepultamento, nós estamos utilizando todas aquelas sepulturas que não foram perpetuadas, estamos reabrindo essas sepulturas.

L.N- Qual o meio mais viável para que não ocorram essas reaberturas?

F.L – A administração do cemitério santa cruz encaminhou uma solicitação a SDU, pedindo providências no sentido de aquisição para uma nova área, para atender a demanda.

L.N- A senhora não acha que essas reaberturas é bem constrangedor para os familiares?

F.L- Sim, constrangedor é mais há uma necessidade de reaberturas, porque nós já estamos fazendo o impossível para atender, porque o cemitério santa cruz ele não só abrange o nosso Estado, mas o Estado do Maranhão, pessoas que vem em busca de tratamento de saúde e aqui chegam a óbito, e a família não tem como transladar o corpo que fica no cemitério santa cruz.

L.N- Qual o procedimento feito para se adquirir a perpetuidade da sepultura?

F.L- Os procedimentos é, a família tem que vir junto à administração do cemitério para requerer também um documento de identificação da sepultura, em seguida encaminhar-se a SDU-SUL para providências cabíveis que é o pagamento das taxas.

L.N- Ela tem que preencher uma declaração?

F.L- Na SDU sim, um requerimento solicitando a perpetuidade, pode ser adquirida num prazo de 5 anos adulto e 3 crianças, do contrário será reaberta de acordo com o artigo 2º do decreto Nº 1.365.

L.N- Após ela preencher essa declaração ela se dirige a prefeitura e paga uma taxa no valor de?

F.L- Sim, após o deferimento do pedido de admissão, ele paga uma taxa no valor de R$ 84,73.

L.N- E pronto ele já está com a perpetuidade daquela sepultura?

F.L- È, no momento em que ele paga as taxas devidas, ele passa a ser o titular daquela sepultura, ele tem um titulo de concessão de perpetuidade que dá direito ele perpetuar naquela sepultura pessoas de sua família.

L.N- De quanto em quanto tempo?

F.L- È um direito sucessório que vai passando de pai para filho.

L.N- E essa reabertura só pode ser feita depois de 5 anos?

F.L- Sim de 5 anos a contar com a data, do último sepultamento



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Foto, vídeo e texto por: Michelly Samia
michellysamia@hotmail.com

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