Reclama Teresina : Mesmo com falta de covas na cidade, Teresina possui cemitérios interditados

O quadro dessa semana aborda a falta de espaço em alguns cemitérios da cidade para novas covas, enquanto outros estão interditados.

Nos cemitérios de Teresina já não cabem novas covas, muitas estão sendo reutilizadas várias vezes. Já o cemitério localizado na zona Sul de Teresina, encontra se interditado mesmo com grande disponibilidade para novas sepulturas.

Cemitérios da Cidade não têm mais espaço para receber novos sepultamentos. Em toda a capital, são 15 cemitérios. Na zona Leste são 3, zona Sul 3, zona Norte 5, e zona Sudeste 4. E ainda assim os cemitérios não conseguem preencher a demanda.

No cemitério São Judas Tadeu inaugurado em 1966, possui mais de 5.400 sepulturas e mesmo contendo aproximadamente 4 hectares de terra, é registrada uma superlotação, visto que há em média de um sepultamento por dia, de acordo com Gilson Resende Administrador de Cemitério. O cemitério São José, localizado na zona Norte de Teresina inaugurado em 1879, possui 35.088,37 m² e 8.700 sepulturas, também encontra-se superlotado. O Cemitério Dom Bosco, localizado no bairro Vermelha, um dos mais antigos da cidade, há sepulturas que datam do ano de 1934. Já o cemitério da zona Sudeste da cidade, do bairro Renascença, que, segundo informações do Serviços Urbanos da Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, já está praticamente lotado e os sepultamentos só são possíveis após a reabertura dos jazigos. Ainda teremos o Cemitério Santa Cruz, localizado no bairro Promorar, zona Sul, onde o número de pessoas sepultadas já ultrapassa 19 mil.

UM VALOR SENTIMENTAL

Assim chegamos ao Cemitério Areias localizado no bairro Areias, que está interditado desde 2004, e desde essa época não são realizados novos sepultamentos. A interdição do local foi pedida pelo Ministério Público diante do risco de contaminação da água do rio Parnaíba que passa ao lado do cemitério.

O problema é que justamente nesse cemitério com cerca de 4 mil sepulturas e 100m² de área, ainda existem inúmeras vagas para novas covas, e a comunidade da localidade fez um abaixo assinado para reativar o cemitério.

De acordo com Socorro Ribeiro, administradora do local, gavetas estão sendo arrancadas e algumas sepulturas estão totalmente esquecidas, mas ainda existem uma parcela muito grande de visitantes que querem manter o cemitério devido aos gastos que tiveram com as sepulturas de entes queridos, além do valor sentimental que aquela sepultura têm para eles.

Contudo é importante frisa que o local onde está situado o cemitério, é muito próximo ao rio Parnaíba, e na época de enchentes ou chuvas muito fortes, a área fica alagada, e muitas covas, caixões, e demais ornamentos são levados pelo assoreamento da terra ou pela enxurrada para dentro do rio Parnaíba. È complicado para as pessoas que têm parentes enterrados no local deslocar a sepultura para outros cemitérios, sendo que o cemitério Areias tem capacidade para mais de 5 mil covas e os outros cemitérios de Teresina estão superlotados.

Texto e Fotos por: Katylenin Oliveira

katylenin@msn.com