Em um estado repleto de tanta diversidade cultural, é comum encontrar historias peculiares do nosso povo, que distinguem um estilo: o jeito “piauiense de ser”.
Em uma localidade rural chamada de Apolinário, no município de Buriti dos Lopes, seu Benedito foi protagonista de um fato, no mínimo, inusitado. Conta que uma vez passava por um riacho, próximo a sua casa, e viu a carcaça de uma onça, com couro e ossos, mas totalmente seca. O cadáver se encontrava em uma posição estranha, com a boca ligeiramente aberta. Sem perca de tempo, seu Benedito tratou de cortar a cabeça do animal e a guardou em um saco plástico. Com o passar dos dias, todo o couro foi desaparecendo por conta da ação de vermes e apenas restaram ossos. Depois de todo o processo, observou que, além da estrutura óssea da onça, havia algo novo: um osso de bode. Era a omoplata, a popularmente conhecida “pá do bode”. Em pensamento lógico, seu Benedito decretou: “Depois de morto, o bode matou a onça”.
A cadeia alimentar de uma onça em idade adulta é variada. O caprino, dono da omoplata, deve ter sido sim a ultima refeição do felino. Depois de se alimentar, o carnívoro, por infelicidade, engasgou-se com parte do seu alimento. Morreu depois de ter passado dias com fome e sede. Um preço caro a ser pago por um simples detalhe: “o osso do bode”.
A Cabeça da onça, na posição que foi encontrada.
Confira o depoimento de seu Humberto Sousa, residente de Teresina, mas natural do local onde ocorreu o fato:
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